
Um dos grandes desafios da educação é fazer do educando um ser pensante e não apenas um mero receptor de informações. A cultura ocidental, de um modo geral, privilegia o conhecimento pelo conhecimento e não o conhecimento como forma de promoção do indivíduo.
E o que isto quer dizer? Isto posto leva-nos a pensar que o conhecimento é ferramenta de poder no mundo ocidental. E como ferramenta de poder, quanto menos acesso à educação menos poder o indivíduo possui, garantindo com isto, a proliferação do poder ao longo dos séculos.
A educação bancária, ainda, exerce seu poder de fogo de modo a fazer do indivíduo um mero repassador de informações e, o outro, interlocutor, um constante receptor de informações a guardar de modo não refletido para seu consumo diário ou não, uma vez que não faz parte de seu cotidiano.
Educar é uma arte na medida em que leva o indivíduo a pensar sobre diversas formas de como aprender e ensinar, uma vez que a educação é uma via de mão dupla onde ao mesmo tempo aprendemos e ensinamos.
A educação, portanto, não deve ser considerada uma via estática. Ao contrário, O dinamismo é que contempla a sua natureza criadora. E, por meio desta, liberdade de ação é que se faz presente e atuante, promovendo o que há de melhor, o belo, que nas artes poder-se-ia chamar de capricho da natureza.
Ensinar a pensar eis o grande desafio da modernidade em um mundo de sérios repetidores contumazes. A educação bancária fez-nos meros receptores tomando-nos a capacidade criadora e criativa, decepando-nos, as asas da imaginação de criticar/analisar e reverenciar o conteúdo dos folhetins, jornais e livros. O maior dilena talvez seria prender a aprender a respeitar as diferenças e a cultuar a sabedoria,e, é, e será uma das tarefas que devamos buscar como roteiro seguro para uma humanidade mais consciente, participante no mundo das relações ideológicas.
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